O Cordeiro de Deus é Jesus, o sacrifício perfeito que remove o pecado, cuja encarnação revela a união de 100% Deus e 100% homem; sua entrega (kenosis) e testemunhos de Maria, profecias do Antigo Testamento e o plano do Pai mostram como a fé cristã é fundamentada na redenção, humildade e obediência.
Jesus é Deus ou apenas um homem? Essa pergunta atravessa séculos e continua impactando a maneira como vivemos a fé cristã. Se Ele fosse apenas humano, como explicar as profecias que o chamam de “Deus Forte” (Isaías 9:6)?
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Mas se Jesus é Deus, por que precisou nascer, sentir dor e se entregar como um cordeiro?

Linha do Tempo: Jesus é Deus ou apenas um homem?
1. Nascimento em Belém – Humildade e Humanidade
- Evento: Jesus é Deus e nasce em um estábulo, entre pessoas comuns.
- Referência Bíblica: Mateus 1:18-25; Lucas 2:1-7
- Aplicação: Ensina humildade e dependência de Deus desde o início da vida.
2. Infância e aprendizagem – Desenvolvimento espiritual
- Evento: Jesus permanece no templo aos 12 anos, discutindo com mestres.
- Referência Bíblica: Lucas 2:41-52
- Aplicação: Demonstra consciência gradual de sua missão; valoriza educação e instrução familiar.
3. Batismo e início do ministério – Reconhecimento da Filiação Divina
- Evento: João Batista batiza Jesus, e o Espírito Santo desce sobre Ele.
- Referência Bíblica: Mateus 3:16-17
- Aplicação: Confirma a identidade divina e modelo de submissão à vontade do Pai.
4. Tentação no deserto – Kenosis e humanidade
- Evento: Jesus jejua e é tentado; experimenta fome e provações humanas.
- Referência Bíblica: Mateus 4:1-11; Lucas 4:1-13
- Aplicação: Mostra como Ele esvaziou atributos divinos (kenosis) e confiou no Pai; modelo de resistência à tentação.
5. Milagres e ensinamentos – Jesus é Deus em Ação
- Evento: Cura enfermos, acalma tempestades, ensina com autoridade.
- Referência Bíblica: Mateus 8:23-27; João 2:1-11
- Aplicação: Demonstra poder divino aliado à compaixão humana; inspiração para fé prática.
6. Crucificação – Sacrifício e submissão
- Evento: Jesus sofre e morre, assumindo o pecado da humanidade.
- Referência Bíblica: Mateus 27:32-56; João 19:16-30
- Aplicação: Modelo de obediência e amor sacrificial; mostra entrega total à vontade de Deus.
7. Ressurreição – Vitória sobre a morte e confirmação da divindade
- Evento: Jesus é Deus e ressuscita, cumprindo profecias e garantindo salvação.
- Referência Bíblica: Mateus 28:1-10; João 20:1-18
- Aplicação: Inspira esperança, confiança no plano de Deus e reafirma a união de divindade e humanidade.
O Cordeiro de Deus: o anúncio que aponta para que Jesus é Deus
No Antigo Testamento, o cordeiro era símbolo de pureza, sacrifício e expiação. Desde a Páscoa em Êxodo 12 até os sacrifícios diários descritos em Levítico, Deus revelou que o perdão exige entrega.
Quando João Batista viu Jesus e declarou “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29), ele ligou diretamente essa imagem aos planos eternos de salvação.
Essa afirmação não era poética — era teológica. João estava dizendo: “o verdadeiro sacrifício chegou”. Tudo o que foi anunciado no Antigo Testamento agora se cumpria em uma pessoa.
📖 Profecias e símbolos que apontam para o Jesus é Deus; o Cordeiro
Contexto bíblico | Cordeiro | Propósito |
---|---|---|
Êxodo 12 | Cordeiro pascal | Libertação do povo do Egito |
Levítico 16 | Cordeiro do Dia da Expiação | Purificação dos pecados de Israel |
Isaías 53 | Servo sofredor | Sacrifício redentor pelo povo |
João 1:29 | Jesus | Remover o pecado do mundo |
Receber Jesus como Cordeiro é reconhecer que o sacrifício Dele substitui o nosso. É uma mensagem de humildade, redenção e esperança.
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As profecias do Antigo Testamento que apontam que Jesus é Deus

Antes mesmo do nascimento de Cristo, as Escrituras já anunciavam um Messias que reuniria em si divindade, sacrifício e redenção. Esses textos não são apenas previsões vagas — são descrições específicas que se cumprem em detalhes na vida de Jesus.
Profecias sobre o nascimento do Messias
- Isaías 7:14 – “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho”.
- Miquéias 5:2 – “E tu, Belém… de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel”.
Esses versículos mostram que o nascimento de Jesus não foi um evento aleatório. A escolha de uma virgem e de uma cidade pequena como Belém reforça a ação soberana de Deus na história.
O servo sofredor: Crucificação e ressurreição nas profecias
Em Isaías 53, encontramos a imagem do Servo que carrega as nossas transgressões. Ele “foi traspassado por causa das nossas iniquidades”. Os cristãos sempre reconheceram neste texto um retrato claro da morte de Jesus, que se entrega em nosso lugar.
- Salmos 22 descreve com precisão o sofrimento de alguém com as mãos e pés perfurados.
- Isaías 53 afirma que, embora morto, ele “verá a luz e ficará satisfeito” — uma clara referência à ressurreição.
Essas profecias convergem em uma única conclusão: Jesus é o cumprimento do plano redentor iniciado no Antigo Testamento. E isso não apenas fortalece a fé — mostra que Deus atua na história com propósito.
Já pensou que cada promessa cumprida é um convite para confiarmos mais naquilo que Deus ainda vai realizar?
Quando Jesus soube da sua divindade? (kenosis e revelação progressiva)
A Bíblia não indica um momento exato em que Jesus “descobre” que é Deus — mas apresenta sinais progressivos de consciência e revelação ao longo da sua vida.
Infância e identidade (Lucas 2:41-52)
Com apenas 12 anos, Jesus permanece no templo e discute com os doutores da Lei. Quando Maria o chama, Ele responde: “Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”.
Essa declaração já indica consciência de origem e missão, mesmo sem uma revelação pública.
Ministério público e declarações diretas
Ao iniciar seus milagres e ensinamentos, Jesus fala com autoridade única:
- “Eu e o Pai somos um” (João 10:30)
- “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58)
Essas palavras retoman o nome divino revelado em Êxodo 3:14, indicando que Jesus não apenas conhecia sua origem — Ele a assumia publicamente.
Kenosis (κένωσις): O esvaziamento voluntário
Segundo Filipenses 2:6-8, Jesus existia “na forma de Deus”, mas “esvaziou-se” (kenosis) e assumiu a forma de servo.
Ele não deixou de ser Deus, mas abriu mão temporariamente de seus privilégios divinos, para viver plenamente como homem e realizar a vontade do Pai.
Termo | Origem | Significado |
---|---|---|
Kenosis | κένωσις | Esvaziamento ou renúncia voluntária a prerrogativas divinas |
Isso nos ensina que Jesus reconhecia sua divindade, mas escolheu viver com limitações humanas para nos salvar.
📌 Aplicação para a vida
Se o próprio Cristo decidiu se esvaziar e obedecer, como podemos seguir o caminho da fé com orgulho e autossuficiência?
A verdadeira grandeza, no Reino de Deus, passa por serviço, humildade e obediência.
A encarnação: 100% Deus e 100% homem
Um dos maiores mistérios da fé cristã é entender que Jesus não é metade Deus e metade homem. Ele é totalmente Deus e totalmente homem, sem contradição ou mistura.
Essa verdade se baseia em João 1:14 — “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” — e é confirmada por Filipenses 2:6-8, quando Paulo afirma que Cristo existia “na forma de Deus”, mas escolheu assumir a forma de servo.
Conceito central e Impactos para a nossa fé
- 100% Deus → Jesus nunca deixou de ser divino, possui autoridade, perdão e poder.
- 100% homem → Viveu nossas dores, fome, cansaço, tristeza e até a morte.
Ele entrou na história humana não como observador, mas como participante – caminhando, conversando e sofrendo conosco.
- Podemos falar com alguém que compreende as nossas fragilidades (Hebreus 4:15);
- Temos um exemplo prático de como viver com obediência e compaixão;
- Somos lembrados de que a grandeza do Reino se manifesta na humildade, não na força.
Já pensou que a oração se torna mais segura quando você sabe que Aquele que te ouve também já sentiu dor, fome e medo?
Maria como primeira professora: o testemunho que molda a identidade de Jesus
A encarnação não aconteceu de forma abstrata. Jesus nasceu em uma família real, com pai e mãe, aprendendo tradições e Escrituras desde a infância. No contexto judeu do primeiro século, as mães tinham papel essencial na formação espiritual dos filhos — e com Jesus não foi diferente.

O papel de Maria na transmissão da fé
Maria não apenas gerou o Filho de Deus — ela ensinou. É provável que tenha sido a primeira a contar a Ele sobre:
- As promessas feitas a Abraão e Davi;
- As profecias sobre o Messias (Isaías, Miquéias);
- O anúncio do anjo Gabriel (Lucas 1:26-38).
Esses ensinamentos familiares ajudaram Jesus, na sua humanidade, a reconhecer e confirmar sua identidade e missão.
📌 Aplicação prática
Se até o Filho de Deus foi formado dentro de um ambiente familiar de fé, quanto mais nossos filhos precisam dessa base.
Não subestime uma conversa bíblica à mesa, uma oração simples antes de dormir, ou um versículo ensinado com carinho — tudo isso molda identidades e prepara corações para o propósito de Deus.
Sua casa pode ser, hoje, o “seminário” onde começa uma grande missão.
A humanidade de Jesus: dor, fome e obediência real
Crer que Jesus é Deus não significa ignorar o fato de que Ele experimentou a vida humana de forma completa. A Bíblia deixa claro que o Verbo não apenas “apareceu” em forma humana — Ele viveu como nós, enfrentando limites e sentimentos reais.
Jesus nasceu, cresceu e aprendeu
- Nasceu em um estábulo (Lucas 2), em condições simples;
- Cresceu “em sabedoria, estatura e graça” (Lucas 2:52);
- Foi carpinteiro como José (Marcos 6:3).
Ele não pulou etapas — viveu o cotidiano da humanidade.
Dor e medo | Fome e Compaixão
No Getsêmani, Jesus suou sangue e disse: “Minha alma está profundamente triste até a morte” (Mateus 26:38).
Ao ver Lázaro morto, chorou (João 11:35).
Isso mostra que o Filho de Deus também sentiu medo, tristeza e angústia, sem perder sua santidade.
Durante o jejum no deserto, “teve fome” (Mateus 4:2).
E, talvez por entender essa experiência, multiplica pães para alimentar multidões famintas (Marcos 8:1-9).
A divindade de Jesus nunca o afastou da dor humana — pelo contrário, aproximou-o ainda mais de nós.
Isso significa que, quando você ora com o coração apertado, Ele não apenas escuta — Ele entende.
Aqui está uma tabela resumida sobre Encarnação, Kenosis e Humanidade de Jesus:
Aspecto | Definição | Referência Bíblica | Aplicação Prática |
---|---|---|---|
Encarnação | O Verbo se fez carne, Jesus é 100% Deus e 100% homem | João 1:14; Filipenses 2:6-7 | Compreender que Jesus viveu plenamente como humano e divino; modelo de fé e confiança em Deus |
Kenosis | Esvaziamento de certos atributos divinos para viver como humano | Filipenses 2:6-8 | Demonstrar humildade, obediência e amor sacrificial; servir aos outros sem buscar glória própria |
Humanidade | Jesus experimentou nascimento, dor, fome, medo e limitações humanas | Lucas 2:52; Mateus 4:2; Hebreus 4:15 | Reconhecer a acessibilidade de Jesus; confiar que Ele entende nossas dificuldades; inspirar empatia e fé |
O preço da encarnação: A dependência de Deus e vontade do Pai
A encarnação não foi apenas um ato glorioso — foi também um caminho de renúncia e obediência contínua. Jesus, mesmo sendo Deus, escolheu depender do Pai em cada passo da sua jornada terrena.
Dependência constante e a batalha no Getsêmani
Em vários momentos, os Evangelhos mostram Jesus retirando-se para orar (Marcos 1:35; Lucas 5:16).
Ele não confiava simplesmente em sua natureza divina — Ele consultava, escutava e obedecia ao Pai, vivendo como um servo obediente.
No jardim, antes da cruz, Ele diz: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice… contudo, seja feita a tua vontade” (Mateus 26:39).
Esse momento revela:
- o peso da missão;
- o preço de se fazer homem;
- e a plena submissão ao plano divino.
📌 Aplicação prática
Estamos acostumados a achar que “quanto mais poder temos, menos dependemos”.
Com Jesus é o contrário: quanto maior era o propósito, mais Ele se rendia à vontade de Deus.
Será que não estamos tentando viver o propósito de Deus com nossas próprias forças?
A encarnação que transforma a fé
A encarnação de Cristo nos mostra que Jesus é 100% Deus e 100% homem, vivendo entre nós sem perder a divindade nem deixar de experimentar a humanidade.
A kenosis, ou esvaziamento voluntário, revela seu compromisso com a missão do Pai e serve como modelo de humildade, fé e obediência.
As profecias do Antigo Testamento se cumprem em Jesus, fortalecendo nossa confiança no Evangelho.
O relato de Maria nos lembra que a educação na fé e o ambiente familiar moldam nossa compreensão de quem Ele é e qual é sua missão.
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- Inspire-se na humildade e obediência de Cristo.
- Confie no plano de Deus mesmo diante de desafios.
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Perguntas Frequentes sobre Jesus é Deus, Encarnação e Kenosis
1. O que significa a encarnação de Jesus é Deus?
A encarnação é o ato pelo qual o Verbo se fez carne (João 1:14). Jesus é 100% Deus e 100% homem, vivendo entre nós sem abandonar sua divindade. Isso nos permite compreender sua humanidade e confiar em seu exemplo.
2. O que é a kenosis e por que é relevante?
A kenosis (do grego kénōsis, “esvaziamento”) descreve como Jesus se esvaziou de certos atributos divinos para viver plenamente como humano (Filipenses 2:6-8). Essa entrega revela humildade, obediência e amor sacrificial, sendo um modelo de fé para nós.
3. Como as profecias do Antigo Testamento apontam para que Jesus é Deus?
Profecias como:
- Isaías 7:14 – nascimento virginal;
- Miquéias 5:2 – nascimento em Belém;
- Isaías 53 – servo sofredor que carrega pecados;
- Salmos 22 – sofrimento e crucificação.
Elas se cumprem em Jesus, mostrando que Ele é o Messias prometido.
4. Qual o papel de Maria na formação de Jesus?
Maria foi a primeira professora de Jesus, transmitindo histórias da fé, profecias e a convicção de que Deus cumpre suas promessas. Isso moldou sua identidade e missão desde a infância.
5. O que a humanidade de Jesus nos ensina?
Jesus experimentou nascimento, dor, fome e medo (Mateus 4:2; Lucas 2:52), mostrando que Ele compreende nossa vulnerabilidade. Sua vida ensina compaixão, fidelidade e confiança no Pai.
6. Como aplicar esses ensinamentos no dia a dia?
- Imite a humildade e obediência de Jesus;
- Confie na vontade de Deus mesmo diante de desafios;
- Pratique empatia e amor sacrificial;
- Fortaleça sua fé buscando orientação divina em oração e estudo bíblico.

Ivo Lázaro — Pai, marido e apaixonado por Jesus Cristo. Atuo como almoxarife e nas “horas vagas”, há + 12 anos, como Consultor de SEO.
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