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Hoje, quero falar sobre o que considero o texto mais sinistro da Bíblia e do Antigo Testamento, um dos mais difíceis de ser lido. Em anos de cristianismo, não me lembro de ter visto esse texto ser tema de um sermão em uma igreja ou mencionado em uma paraxá judaica, mesmo em sinagogas.
Esse texto causa arrepios a ponto de muitos pensarem que, se fossem editores da Bíblia, não o deixariam passar.
Parece até que a Bíblia, sendo a palavra de Deus, inclui um conteúdo, neste caso, que pode ser inapropriado para menores de 21 anos.
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O Texto de Juízes 19
Vamos então ao texto que tanto me chama a atenção. Ele está no livro de Juízes, capítulo 19. Este capítulo é bastante extenso, com 30 versículos, portanto, não colocarei aqui todo o texto, mas resumirei o que aconteceu.
Naqueles dias, não havia rei em Israel. Essa frase, repetida várias vezes no livro de Juízes, sugere um período de anarquia. No entanto, a ausência de um rei não era a verdadeira causa da anarquia; o problema residia na desobediência ao que os juízes designados por Deus orientavam.
Na tradição judaica, um levita (em hebraico: לֵוִי, hebraico moderno: Levi, hebraico tiberiano: Lēwî; “unido”) é um membro da tribo de Levi.
Quando Josué conduziu os israelitas na terra de Canaã, os levitas foram a única tribo israelita que recebeu cidades, mas não foram autorizados a ser proprietários de terra “porque o Senhor Deus de Israel é sua herança” (Deuteronômio 18:2).
A Tribo de Levi servia deveres religiosos particulares para os israelitas e tiveram responsabilidades políticas também. Em troca, as tribos das terras eram esperadas a dar o dízimo para os Levitas, especialmente o dízimo conhecido como o Maaser Rishon ou Dízimo dos Levitas.
Na prática judaica atual, que data da destruição do Templo em Jerusalém, os privilégios e responsabilidades comuns dos levitas são essencialmente limitados à leitura da Torá na sinagoga e o ritual de pidyon haben.
O livro de Juízes pode ter sido escrito na época da monarquia, possivelmente entre os reinados de Saul, Davi e até Salomão. Isso porque quem o escreveu via a monarquia com um ar de triunfo, o que sugere uma perspectiva positiva em relação a esse período.
A História do Levita e sua Concubina
A narrativa menciona um homem levita, da tribo de Levi, que tomou para si uma concubina de Belém. Naquela época, tolerava-se a poligamia, e as concubinas eram esposas secundárias sem o status pleno de uma esposa principal.
O texto descreve que a concubina se irritou com ele e voltou para a casa de seu pai em Belém, onde ficou por cerca de quatro meses.
O verbo hebraico usado para descrever a ação da concubina é “zanah”, que literalmente significa prostituir-se. No entanto, os tradutores optaram por uma tradução mais suave, sugerindo que ela se irritou com ele. Isso cria uma dúvida se a traição foi literal ou apenas uma expressão idiomática.
Em situações de traição, a mulher poderia ser apedrejada, mas, curiosamente, o homem foi atrás dela em vez de puni-la.
Neste ponto, encerramos a primeira parte do artigo. Aguarde a continuação para explorar mais sobre essa fascinante e controversa passagem do Antigo Testamento.
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